2007-07-28

Abraços diários

Paiva Neto Dando seguimento ao artigo anterior, gostaria de falar um pouco mais sobre o toque.

A campanha por abraços grátis é muito legal, muito interessante, mas não serve de muita coisa se o hábito não for levado para o cotidiano.

Tiramos um dia para abraçar estranhos – e eventualmente algum conhecido – na rua, mas depois que termina voltamos a nosso isolamento pessoal diário, evitando contato com as pessoas com quem lidamos de verdade.

Isso não ajuda.

O toque é essencial para estimular a empatia nos ambientes doméstico e de trabalho. Olhe bem para aquele(a) colega pentelho de trabalho e para o(a) irmão(ã) chato(a)… será que eles(as) são babacas mesmo, ou está faltando empatia?

E sobre aquela pessoa que olha torto pra você todo dia – e você olha torto de volta? A situação pode talvez se inverter apenas com um sorriso.

São atitudes pequenas que podem mudar nossa vida. A realização do ser humano está nas pequenas coisas.

Minha sugestão é a seguinte: em vez de movimentos humanitários com dia marcado, começo, meio e fim, vamos levar a atitude humanitária para o dia-a-dia.

Termino então este artigo com mais uma pergunta – desta vez não é retórica: você já abraçou seu próximo hoje?

[]'s
Cacilhas

2007-07-22

Free Hugs

lâmpada Recebi ontem de meu amigo Krisnatágoras uma mensagem falando da campanha por abraços de graça (ou livres, se preferir) movida por Juan Mann em Sydney (cidade de Matrix).

Kris, você não sabe o quanto me atingiu a mensagem. Muito obrigado.

Segue aqui então o texto que me foi passado na mensagem:

Em um mundo de valores corrompidos, eis a maior prova de que nem tudo está perdido…

Há um ano, Juan Mann era só um homem estranho que ficava parado no Pitt Street Mall em Sydney, Austrália, oferecendo abraços de graça para as pessoas que passavam pelas ruas. Um certo dia, Mann ofereceu um abraço a Shimon Moore, o líder da banda Sick Puppies e, desde então se tornaram bons amigos. Um certo dia Moore decidiu gravar Mann fazendo sua campanha por «Free Hugs». Na medida em que o Free Hugs atingia proporções maiores, o conselho da cidade tentou banir a campanha. Então Mann e seus amigos fizeram uma petição com mais de 10.000 nomes apoiando a campanha do abraço de graça. Quando Mann morreu, Moore decidiu mixar o video que ele tinha feito do Free Hugs com a música «All the Same», que ele havia gravado com a sua banda Sick Puppies.

Vale a pena conferir o video. Um filme que apresenta uma verdadeira história que inspira Humanidade e Esperança. Algumas vezes um abraço é tudo que precisamos. Free Hugs é uma história real, sobre um homem que acreditava que sua missão era trazer alegria na vida das pessoas através de um abraço.

Note que o video é em preto e branco e só ganha cor após Juan Mann recebero seu primeiro abraço.

Se deixe contagiar e um FORTE e contagiante ABRAÇO!


E aqui o vídeo para os mais preguiçosos:


Kris perguntou quem sabe não fazemos isso nas ruas de Barretos. Quem sabe em Petrópolis?

Que tal em todo o Brasil?

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Cacilhas

2007-07-11

No Brasil o que falta é Educação

Esta é uma repostagem do comentário que fiz ao artigo Educação na VitaminaHP:

No Brasil o que falta é Educação.

Essa frase é forte, mas dolorosamente verdadeira. Os tucanos acham que vender privatizar tudo (e embolsar a grana) seja a solução; já os petistas acham que a solução é dar pão e circo pro povão, embolsar a grana e fingir que está tudo certo.

Mas ninguém tem qualquer preocupação com a Educação!

Mesmo porque se o povo fosse instruído, ladrão de colarinho branco – tucano ou petista – ia tudo pro xilindró.

Também as chamadas Forças Externas – que não existem segundo quem lucra com elas e são desculpa pra tudo segundo os incompetentes – não querem Educação na América do Sul, porque elas já vêm promovendo um processo de emburrecimento do latino-americano há décadas, intencionando tornar-nos um bando de consumidores compulsivos e ignorantes, e não querem ver todo esse trabalho ir pelo ralo.

Porém o povo brasileiro não se toca disso… os próprios prejudicados pela ignorância são os primeiros a levantar a mão contra os professores e a votar contra e ridicularizar o cara que propôs reverter esse quadro vergonhoso.

Ainda mais… quando alguém propõe um projeto legal de inclusão digital, aparece logo um monte de invejosos, sentindo-se ameaçados pela possibilidade real de inclusão, e lançam falsos projetos para derrubar a iniciativa verdadeira. E o brasileiro burrão vai atrás.

É exatamente isso que está acontecendo em nossas escolas: mistura de ignorância com prazer em ser ignorante, ou, se preferir, auto-sabotagem sócio-cultural.

Vamos cantar o seguinte mantra:
  • Educação é Progresso
  • Educação é Progresso
  • Educação é Progresso
  • Educação é Progresso


Não deixe de ler o artigo original na VitaminaHP, pois este artigo aqui é tão somente um complemento.

[]'s
Cacilhas

2007-07-08

Jennifer Black

Jennifer Black Outro dia prometi escrever sobre uma banda petropolitana de techno da década de 1990.

Comprei o primeiro album da banda assim que foi lançado e, até pouco tempo atrás, pensava que a banda tivesse acabado.

Porém descobri que estão em plena atividade! A banda é Jennifer Black!

Encontrei o guitarrista da banda na semana passada, Celso Braga Jr., e ele me passou os endereços dos apontadores neste artigo.

Jennifer Black começou em 1997. É uma dupla de rock alternativo, no início com uma tendência techno, mas se tornou cada vez mais alternativa. Possui dois integrantes: Mano (vocalista) e Celso (guitarrista) – e muitos convidados. =)

Usam e abusam de sons eletroacústicos e bateria eletrônica. O primeiro album, «L_ve», lançado em 1999, é extremamente dançante e possui todas as letras em inglês. O segundo, «O Beijo Mais Longo», de 2004, é bastante mais maduro, com apenas uma música em inglês e uma tradução para o português de umas das músicas do primeiro album.

Você pode encontrar no BdG fotos de uma das mais recentes apresentações da banda.

Aqui está a lista de músicas do primeiro album, L_ve (em negrito minhas recomendações):

  1. My home
  2. 1992 (a nightclub)
  3. B-long (I'm gonna rock)
  4. The perfect world
  5. Electropicnic
  6. How much difference
  7. Where the future stands
  8. Hellven
  9. U.F.O.
  10. Shoot it
  11. Headbang to this


Agora a lista de músicas do segundo album, O Beijo Mais Longo:
  1. Não conte comigo
  2. Ela resvala
  3. Me acorde
  4. The longest kiss
  5. Ei, deixa eu beber com você
  6. Confuso
  7. Desde que eu te vi
  8. Meu lar (versão 2004)


Bem, por ora isso é tudo! Mas aguarde: ainda escreverei mais sobre Jennifer Black!

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Cacilhas

2007-07-02

Lain

Lain Acabei de assistir uma série japonesa de ficção científica indicada por meu amigo Torcato, chamada Serial Experiments: Lain.

Confesso que quando fui assistir, apesar de muito curioso, esperava apenas mais um anime japonês. Qual não foi minha supresa ao deparar-me com uma trama muito bem acabada, culturalmente rica e personagens profundos!

A série é um tanto confusa, muito psicológica, no entanto evolui naturalmente. O ambiente cyberpunk ocidentalizado é o único elemento forçoso, mesmo assim é suavemente agregado ao resto do contexto, provendo uma base muito sólida para um enredo bastante fluídico.

É preciso muita atenção para acompanhar as layers (como são chamados os episódios) sem se perder, mas também é difícil não prestar atenção de tão envolvente o enredo.

Há muitas referências ao Xintoísmo, que parecem intuitivas, a ponto de poderem passar despercebidas. O autor explora bastante também o folclore dos yōkai, porém sem alarde (ele nem cita essa palavra).

É também uma série bastante «silenciosa», nas palavras do Torcato. Eu diria instrospectiva, mas ambas as palavras a definem bem.

Não há como falar mais da série sem estragar as surpresas, o suspense. O que posso comentar mais são algumas peculiaridades fonéticas.

  • O nome da personagem principal, Lain, costuma ser pronunciado corretamente, mas com um visível esforço dos dubladores. Muitas vezes sai Reinu no lugar. Logo no primeiro episódio Lain diz seu nome ao NAVI (seu computador), o L até que sai direitinho, mas a semivogal vira vogal e quase aparece um Ü recheando o N. =)

  • A melhor amiga de Lain é Alice, só que seu nome nunca é pronunciado direito… todos sempre pronunciam Arisu (na última layer Alice admite ter vergonha de seu nome ocidental).

  • «Wired» (um tipo de Internet mais avançada) é pronunciada das formas mais diversas possíveis, geralmente Warudo.

Outras curiosidades você pode encontrar na Wikipédia, mas aconselho assistir a série antes de ler todo o texto para não revelar a trama.

[]'s
Cacilhas

2007-07-01

Entregar o filho?

Baal Uma revistazinha de propaganda chamada Veja trouxe uma matéria de André Petry defendendo a postura de Ludovico Bruno, pai de um dos marginais que espacou a doméstica Sirlei Dias de Carvalho recentemente.

Ele justifica que um pai não entregaria seu filho, mesmo ele tendo cometido um crime tão hediondo. Aqui vai meu comentário…

Lembro muito bem que, quando do assassinato brutal de João Hélio, os familiares (entre eles o pai) de um dos criminosos foram peças chave na prisão dos cretinos.

Agora vem a derradeira pergunta: se pais com baixa renda e pouca instrução têm consciência social para entregar seus filhos criminosos, por que pessoas de boa colocação social e mais instrução não têm?

Quer dizer então que consciência social é inversamente proporcional à classe social? Assim sendo não seria errado deduzir que «pobre» é bom e «rico» é mau…

Depois esses cretinos reclamam de assalto, violência e afins. =P

Não posso acreditar nessa baboseira.

O que posso acreditar é que rapazes que saem em grupo para espancar mulheres sozinhas não têm o direito de serem classificados como seres humanos. São uns bostas.

E você, meu caro Ludovico, com sua afirmação deixou bem claro por que seu filho cresceu um bosta.

E se alguém concordar com esse bosta de Ludovico, saiba que também é um bosta.

Há uma grande diferença entre defender e educar seu filho.

Só para esclarecer, nada contra o jornalista André Petry. O que me dá raiva é essa playboyzada (tanto moleques quanto playboys de meia idade) usando jornalistas e veículos de comunicação em massa para convencer as pessoas de que merecem impunidade.

[]'s
Cacilhas